quarta-feira, 29 de abril de 2009

Electrodomésticos (ED) (STC) Socieadade TipoI


A utilização dos electrodomésticos no contexto doméstico, nem sempre foi de forma igualitária,ao homem cabia a tarefa de ganhar o sustento para a família e à mulher cabia a tarefa doméstica.

Actualmente verefica-se que a maioria das famílias dividem tarefas, já não há o estigma do homem realizar algumas tarefas domésticas.Mesmo assim a mulher continua a realizar maior quantidade de tarefas que os homens tais como: cozinhar, lavar e passar, enquanto o homem desempenha tarefas na área da carpintaria, electrecidade e pequenos arranjos.

terça-feira, 21 de abril de 2009

DESENVOLVIMENTO vs. POBREZA (CP)

-SITUAÇÃO ACTUAL NO MUNDO;


-RESPONSÁVEIS PELA ACTUAL SITUAÇÃO;


-CONDUTAS QUE PODEM MELHORAR A SITUAÇÃO NO FUTURO;


-COMPORTAMENTOS/ ATITUDES QUE TU PODES TOMAR PARA INVERTER A SITUAÇÃO



Na situação actual no mundo, a diferença entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos é abismal, enquanto os primeiros vivem no consumismo exagerado, já os segundos travam uma luta constante pela sobrevivência e estas situações advêm de várias circunstâncias entre as quais a guerra, a política e os desastres naturais. Relativamente à política, para os países mais pobres, é de relativa importância a política externa como a própria política interna, com governantes corruptos que nada fazem em relação à sua população.No aspecto sócio-económico, um país que esteja dependente financeiramente de outro/s tem uma difícil ascenção porque as regras que lhes são exigidas são severas e até impossíveis de sustentar.

Os países ricos levam as suas indústrias para os países pobres aproveitando-se dos WORKING POOR (pobres que trabalham, mas cujos salários não chegam para o sustento da família), mas sendo um pouco contraditório, estes pobres estariam muito pior se essas empresas se fossem embora.

A guerra tem efeitos desvastadores na população, sendo injustificada, mas há situações de guerra que podem ser justificadas, quando vão em defesa dos princípios humanos mais importantes, Vida, Liberdade e Democracia.

A degradação do ambiente à qual assistimos hoje em dia deve-se principalmente a dois grupos: o grupo dos países ricos e grupo dos países pobres. Os mais ricos, consumidores da América do Norte, da Europa e da Ásia, destroem o ambiente pelas vias indirectas, ou seja, pela sua aptência em consumir uma quantidade enorme de recursos e a produzir uma grande quantidade de desperdícios. Os milhões de consumidores mais pobres não podem fazer outra coisa se não destruir a sua própria base de recursos. Estamos a dar um grande contributo para os desastres naturais, é urgente não só reflectirmos sobre esta questão como, alterar os nossos hábitos de consumo, proteger e defender o ambiente.

Justo seria que as organizações governamentais e as não governamentais, agissem sem qualquer tipo de interesses, pondo ao dispôr meios físicos e financeiros aos povos que mais necessitassem, que todos pudessem aceder à Educação e que todos tivessem melhores condições de trabalho e salários justos.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

ECOPONTO (CLC)


O que colocar e como colocar no Ecoponto?
No ecoponto devem ser colocadas apenas embalagens:
Ecoponto Amarelo: Latas de bebidas, latas de conserva, aerossóis, tabuleiros de alumínio, garrafas, garrafões e frascos de plástico, sacos de plástico e esferovite limpa.
Ecoponto azul: Embalagens de papel e cartão. Apesar de não serem embalagens também deverá colocar jornais, revistas e papel de escrita e impressão.
Ecoponto verde: Garrafas, frascos e boiões de vidro. Nota importante: Antes de colocadas no ecoponto, as embalagens devem ser sempre bem escorridas e espalmadas para reduzir o espaço que ocupam quer em casa quer no ecoponto. Deverá respeitar as regras de deposição indicadas pelo seu Sistema Municipal/Autarquia.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O CICLO DA ÁGUA (STC)












Pode admitir-se que a quantidade total de água existente na Terra, nas suas três fases, sólida, líquida e gasosa, se tem mantido constante, desde o aparecimento do Homem. A água da Terra - que constitui a hidrosfera - distribui-se por três reservatórios principais, os oceanos, os continentes e a atmosfera, entre os quais existe uma circulação perpétua - ciclo da água ou ciclo hidrológico. O movimento da água no ciclo hidrológico é mantido pela energia radiante de origem solar e pela atração gravítica.Pode definir-se ciclo hidrológico como a seqüência fechada de fenômenos pelos quais a água passa do globo terrestre para a atmosfera, na fase de vapor, e regressa àquele, nas fases líquida e sólida.

A transferência de água da superfície do Globo para a atmosfera, sob a forma de vapor, dá-se por evaporação direta, por transpiração das plantas e dos animais e por sublimação (passagem direta da água da fase sólida para a de vapor).A quantidade da água mobilizada pela sublimação no ciclo hidrológico é insignificante perante a que é envolvida na evaporação e na transpiração, cujo processo conjunto se designa por evapotranspiração.O vapor de água é transportado pela circulação atmosférica e condensa-se após percursos muito variáveis, que podem ultrapassar 1000 km. A água condensada dá lugar à formação de nevoeiros e nuvens e a precipitação a partir de ambos.A precipitação pode ocorrer na fase líquida (chuva ou chuvisco) ou na fase sólida (neve, granizo ou saraiva). A água precipitada na fase sólida apresenta-se com estrutura cristalina no caso da neve e com estrutura granular, regular em camadas, no caso do granizo, e irregular, por vezes em agregados de nódulos, que podem atingir a dimensão de uma bola de tênis, no caso da saraiva.

A precipitação inclui também a água que passa da atmosfera para o globo terrestre por condensação do vapor de água (orvalho) ou por congelamento daquele vapor (geada) e por intercepção das gotas de água dos nevoeiros (nuvens que tocam no solo ou no mar).A água que precipita nos continentes pode tomar vários destinos. Uma parte é devolvida diretamente à atmosfera por evaporação; a outra origina escoamento à superfície do terreno, escoamento superficial, que se concentra em sulcos, cuja reunião dá lugar aos cursos de água. A parte restante infiltra-se, isto é, penetra no interior do solo, subdividindo-se numa parcela que se acumula na sua parte superior e pode voltar à atmosfera por evapotranspiração e noutra que caminha em profundidade até atingir os lençóis aqüíferos (ou simplesmente aqüíferos) e vai constituir o escoamento subterrâneo.Tanto o escoamento superficial como o escoamento subterrâneo vão alimentar os cursos de água que deságuam nos lagos e nos oceanos, ou vão alimentar diretamente estes últimos.

O escoamento superficial constitui uma resposta rápida à precipitação e cessa pouco tempo depois dela. Por seu turno, o escoamento subterrâneo, em especial quando se dá através de meios porosos, ocorre com grande lentidão e continua a alimentar os cursos de água longo tempo após ter terminado a precipitação que o originou.Assim, os cursos de água alimentados por aqüíferos apresentam regimes de caudal mais regulares.Os processos do ciclo hidrológico decorrem, como se descreveu, na atmosfera e no globo terrestre, pelo que se pode admitir dividido o ciclo da água em dois ramos: aéreo e terrestre.A água que precipita nos continentes vai, assim, repartir-se em três parcelas: uma que é reenviada para a atmosfera por evapotranspiração e duas que produzem escoamento superficial e subterrâneo.Esta repartição é condicionada por fatores vários, uns de ordem climática e outros respeitantes às características físicas do local onde incide a precipitação: pendente, tipo de solo, seu uso e estado, e subsolo.Assim, a precipitação, ao incidir numa zona impermeável, origina escoamento superficial e evaporação direta da água que se acumula e fica disponível à superfície. Incidindo num solo permeável, pouco espesso, assente numa formação

geológica impermeável, produz escoamento superficial (e, eventualmente, uma forma de escoamento intermédia - escoamento subsuperficial), evaporação da água disponível à superfície e ainda evapotranspiração da água que foi retida pela camada do solo de onde pode passar à atmosfera. Em ambos os casos não há escoamento subterrâneo; este ocorre no caso de a formação geológica subjacente ao solo ser permeável e espessa.A energia solar é a fonte da energia térmica necessária para a passagem da água das fases líquida e sólida para a fase do vapor; é também a origem das circulações atmosféricas que transportam vapor de água e deslocam as nuvens.A atração gravítica dá lugar à precipitação e ao escoamento. O ciclo hidrológico é uma realidade essencial do ambiente. É também um agente modelador da crosta terrestre devido à erosão e ao transporte e deposição de sedimentos por via hidráulica. Condiciona a cobertura vegetal e, de modo mais genérico, a vida na Terra.O ciclo hidrológico à escala planetária pode ser encarado como um sistema de destilação gigantesco, estendido a todo o Globo.

O aquecimento das regiões tropicais devido à radiação solar provoca a evaporação contínua da água dos oceanos, que é transportada sob a forma de vapor pela circulação geral da atmosfera, para outras regiões. Durante a transferência, parte do vapor de água condensa-se devido ao arrefecimento e forma nuvens que originam a precipitação. O retorno às regiões de origem resulta da ação combinada do escoamento proveniente dos rios e das correntes marítimas.É o ciclo da água que alimenta e dá condições à vida no planeta. O sol aquece todas as águas superficiais do planeta, mudando seu estado físico para vapor, que por ser mais leve sobe até as camadas mais frias da atmosfera onde se condensa, formando nuvens. E essas, finalmente, acabam se precipitando, na forma de chuva, neve ou granizo. São as etapas de evaporação, condensação e precipitação.A atmosfera contém vapor de água que se evapora a cada dia, da superfície dos rios, e mares, pela ação simultânea do calor solar e do vento. Esse vapor é invisível como o ar, mas se torna visível quando se condensa.O vapor de água eleva-se na atmosfera, principalmente nos dias quentes, encontrando camadas mais frias do ar, condensa-se em gotículas de água muito leves que flutuam no ar sob a forma de nevoeiro. Se o resfriamento aumenta, as gotinhas se agrupam, avolumam-se e, quando atingem um peso suficiente, precipitam-se ao solo na forma de chuva, granizo ou neve.Ao voltar à superfície, a água escorre de volta para os cursos de água, ou infiltra-se até os lençóis freáticos (rios subterrâneos), alimentando os rios, mares, oceanos ou dando origem às nascentes fechando assim o ciclo. Através dos rios, essa água retorna ao mar, onde novamente se evapora. Este é o ciclo da água.Desse ciclo tem importância fundamental a vegetação, constituída de plantas e florestas, sem os quais é impossível a retenção da água na superfície para a conservação da diversidade biológica, ecossistemas e habitats.A água é utilizada para uma grande variedade de atividades humanas, como higiene, agricultura, pecuária, indústria, lazer e produção de energia.

O problema é que a água utilizada pelo homem nem sempre é devolvida em condições adequadas. Além disso, a atividade humana também interfere no ciclo da água, principalmente nas cidades, com o desmatamento e a impermeabilização desordenada do solo, para a construção de ruas e habitações. Através dos rios, essa água retorna ao mar, onde novamente se evapora. Este é o ciclo da água.O problema é que a água utilizada pelo homem nem sempre é devolvida em condições adequadas. Além disso, a atividade humana também interfere no ciclo da água, principalmente nas cidades, com o desmatamento e a impermeabilização desordenada do solo, para a construção de ruas e habitações.

terça-feira, 14 de abril de 2009

CLIMATE (CLC)




FIRE IN THE AMAZON


Amazon is the biggest rainforest of the planet. It stores great quantities of carbon in the vagetation. When there are fires, gases are thrown to the athmosphere. Those gases are the result of the burnings and fires set by timbers.


In spite of being located in one of the greatest polluters in the world, Brazil, the Amazon is still the lung of the planet.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

INTERNET E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO (STC)










COMPUTADOR : UMA MÍDIA DE MASSA

O primeiro computador surgiu nos anos 40, o Eniac, e pesava várias toneladas. Era preciso um prédio inteiro para abrigá-lo, e para programá-lo era necessário conectar seus circuitos através de cabos. Os anos 50 trouxeram a novidade da programação em código binário através de fitas e cartões perfurados. Desde então, por acréscimo, ou melhor, por justaposição evolutiva, o computador foi incorporando as evoluções tecnológicas, mudando seu formato, transformando o que era periférico, como o monitor e o teclado, em parte integrante da máquina e tornando seu lado "binário", seus fios e conectores, cada vez mais distantes do olhar do homem, que deixou de ser o programador para se tornar o usuário de uma nova tecnologia da inteligência.



Foi a invenção do computador pessoal que transformou a informática em um meio de comunicação de massa. As variáveis de massa, volume e preço atingiram o patamar suficiente para tormar o computador uma mídia massiva. Não somente o tamanho e o custo da máquina foi decisivo para essa mudança. O desenvolvimento de softwares cada vez mais avançados, possibilitou uma interação mais "amigável" entre o usuário e o computador. No princípio, a utilização de uma linguagem abstrata de códigos dificultava o acesso, pois exigia um conhecimento prévio de linguagens de programação. A criação de "máscaras" para os sistemas operacionais, com símbolos que facilitavam o conhecimento e a memorização de procedimentos, antes complicados, tornou o computador acessível ao usuário comum. Além disso, a preocupação em manter um padrão simbólico para os procedimentos nos programas que foram substituindo os anteriores deu ao usuário a sensação de comodidade e potência frente às novidades.



A preocupação passou a ser a de tornar a interface com o usuário cada vez mais simples e amigável. A utilização do mouse, a incorporação do som, a sofisticação dos mecanismos de imagem e a utilização de softwares mais interativos vem tornando a máquina cada vez mais "suave". A materialidade do hardware foi se escondendo atrás das interfaces, e hoje é inimaginável supor que o computador se restringe ao processamento de um código binário.



Todas essas mudanças tornaram o computador parte da vida das pessoas. Ele passou a estar presente no escritório, em casa, nos locais de lazer e sua presença foi se tornando cotidiana. A princípio, ele era um facilitador de tarefas, um acessório.



A mudança definitiva para torná-lo uma mídia de massa aconteceu com a possibilidade de conexão dos microcomputadores em uma rede de comunicação. A Internet, inicialmente utilizada para fins militares e posteriormente incorporada pelo meio acadêmico, extrapolou esses ambientes restritos e, em virtude dos avanços da informática e das telecomunicações, foi possível conectar os computadores entre si, através de placas modem, e formar uma rede de comunicação de amplitude crescente, e que surge como grande novidade neste final de século.


INTERNET




A Internet é um veículo de informação que apresenta três características básicas: a interatividade, a instanteneidade e a possibilidade de acesso múltiplo à informação. Todas essas características têm como base as variáveis velocidade e forma reticular que serão os elementos estruturadores dessa mídia.





Rede de descobertas



Na Internet, as informações não estão ligadas linearmente, mas dispostas em trilhas transversais cujos nós de interseção acabam por criar uma geometria que se assemelha a uma rede. Uma vez estabelecida uma conexão, cada vez que um item é visualizado, todos os outros que estão ligados a ele podem ser recuperados.



A disposição da informação em forma não-linear, através de encaixes múltiplos com a utilização de interfaces padronizadas que possibilitam um exame rápido do conteúdo, com seleção de informações de interesse e conexões múltiplas a outras informações, não é característica exclusiva da Internet. Os jornais, revistas e outros meios de comunicação já trabalham isto através das manchetes, dos textos de chamada da primeira página, da númeração das páginas , da divisão dos cadernos por assunto específico, dentre outros artifícios.



Esses mecanismos permitem uma atenção flutuante, ou de interesse potencial pela informação. Ao deparar com a primeira página de um jornal, o leitor "passa os olhos " pelas manchetes, seleciona o assunto e através de mecanismos padronizados de busca, "acessa" a informação de seu interesse, sem necessariamente ter de examinar todo o conteúdo do jornal.


A diferença fundamental entre um jornal e a Internet está no fato de o jornal se apresentar como um open field (campo aberto), ou seja, todo seu conteúdo está à disposição, delimitado no tempo e no espaço. A Internet, por utilizar como suporte o computador, possui uma interface fechada, como destaca Pierre Lévy (1993): "a interface informática nos coloca diante de um pacote terrivelmente redobrado, com pouquíssima superfície que seja diretamente acessível em um mesmo instante. A manipulação deve então substituir o sobrevôo".



Ao contrário da maior parte dos sistemas de indexação e organização de dados, as informações a serem manipuladas na Internet não estão dispostas através da ordenação puramente hierárquica, mas através de associações.


Além disso, o suporte informático permite o gerenciamento de um volume de informações infinitamente superior, apesar de condicionado às limitações técnicas que vêm, entretanto, se tornando cada vez menores com o avanço tecnológico. Portanto, além de não se ter acesso ao contéudo total de informações presentes na Internet, o seu tamanho não é conhecido e nem delimitável.



Frente a esse espaço cuja linha do horizonte está muito próxima, e onde se sabe que há muito o que conhecer além dessas fronteiras visíveis, a atitude do sujeito é exploratória, de descobrimento. Talvez seja esta a explicação para o fascínio que a Internet exerce sobre o homem, por aguçar o lado infantil da curiosidade e a pulsão básica do ser humano de querer saber mais. O usuário passa a ser o descobridor de novos espaços virtuais, o navegador que parte em caravelas virtuais rumo a mundos desconhecidos, clica seu mouse em fundos falsos e demarca seu território. O termo navegar não é utilizado por acaso; ele é a metáfora de todo um comportamento determinado pela estrutura da Internet, de conhecimento e ação do sujeito sobre um contexto a ser descoberto.





A rede "on line"


A existência de um meio de comunicação de massa, que estruturalmente possui uma interface fechada e trabalha com um grande volume de informações dispostas em rede e acessíveis por associação, somente é possível pela velocidade introduzida pelos recursos informáticos. A passagem quase instantânea de um nó ao outro viabiliza a estrutura em rede da Internet e, como destaca Lévy, permite "generalizar e utilizar em toda sua extensão o princípio de não-linearidade. Isto se torna a norma, um novo sistema de escrita, uma metamorfose da leitura, batizada de navegação".


Se os meios de comunicação de massa tradicionais utilizam recursos para permitir uma leitura não-linear, com sistemas de indexação que operam com o princípio de hierarquia dos fatos a fim de facilitar a leitura ou o acesso à informação, na Internet a não-linearidade, não é recurso, mas a própria condição de sua existência. A informação diretamente acessível, "on line". Através de associações diversas, é possível chegar por caminhos distintos a uma mesma informação que pode, portanto, se ligar a contextos diversos, dependendo da ação do sujeito. Torna-se mais difícil determinar o caminho de leitura, como acontece com os mecanismos de indexação por hierarquização e interface aberta.



Acção e Construção


A maior liberdade de "trânsito" que a estrutura em rede de associações confere ao usuário da Internet dá a ele a capacidade de moldar o contexto da informação e, portanto, o próprio sentido desta. Não havendo um espaço universal homogêneo, a rede de nós que interligam as informações através de caminhos múltiplos na Internet não está no espaço, ela é o espaço. Isso quer dizer que a rede de informações não é fixa, mas deve ser moldada, construída e reconstruída pelo sujeito. Para existir como mídia, a Internet pressupõe a ação do sujeito.


O fato de não existir nesta enorme teia instâncias delimitáveis de emissão e recepção desloca o enfoque do efeito para o processo. Por isso foge da característica dos outros meios de comunicação de massa tradicionais, cuja estrutura e funcionamento acabam por colocar os pólos determinantes da comunicação em patamares diferentes (emissor x receptor), em uma relação não-dialógica. Estes pólos não emitem e recebem em perfeita igualdade de condições, apesar dos mecanismos de feedback e de acesso alternativo como cartas de leitores, serviços de atendimentos, entre outros.


Os meios de comunicação de massa tradicionais baseam sua estrutura no paradigma clássico da comunicação, emissor - canal - receptor, concedendo poderes consideráveis ao emissor e ao meio. A possibilidade de intervenção do usuário da mídia é mínima e se há ação modificadora do sujeito sobre o conteúdo veiculado, ela acontece por canais alternativos ao meio de comunicação.


Na Internet, o esquema estaria mais próximo do "A modifica uma configuração que é comum a A, B, C, D, etc" (Lévy, 1993). Essa intervenção não significa, necessariamente, modificação de uma determinada informação, mas a composição de um contexto, a partir da ativação de uma determinada parte da rede, possibilitada pela estrutura hipertextual da Internet e potencializada pela velocidade de acesso aos inúmeros links disponíveis. A ênfase passa a ser dada ao contexto, considerado como algo mutável. A interatividade entre os diversos elementos do processo comunicativo é a condição para a manutenção e desenvolvimento do meio.


Portanto, na Internet a ênfase no processo comunicativo é dada aos sujeitos que a utilizam. O meio não é mais o personagem a parte que traduz o mundo objetivo para um receptor passivo. Ele deixa de ser a ferramenta de transmissão de informação para se tornar o ambiente da informação.






A rede da fala


A interatividade proporcionada pela estrutura da Internet torna a comunicação mais próxima dos esquemas comunicativos mais primitivos, chegando a simular a situação face a face, com os mecanismos de presença virtual. Isto se tornou possível pela interpenetração progressiva entre o meio (técnica) e o instrumento mais básico da comunicação humana: a linguagem. Com a evolução das tecnologias, essas passaram a se moldar às regras, à estrutura e ao modo de funcionamento do mundo da linguagem. A Internet é um exemplo dessa evolução. A constituição do meio sob a forma de um sistema reticular, à imagem do sistema da língua, composto por circuitos, nós de conexão e automatismos, possibilitou um mundo cada vez mais à imagem do mundo da linguagem natural, tanto na sua estrutura como no seu funcionamento. O meio vai sendo naturalizado e incorporado pelo usuário, deixando de lhe aparecer na estranheza do assessório.

A Internet, portanto, muito além de ser um novo meio meio de comunicação de massa, surge como um meio comunicativo revolucionário em toda sua concepção e estrutura, capaz de mudar muitas das regras de interação já estabelecidas.