quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

STC- O Relógio Tecnologia Tipo I

A Ampulheta: denominada pelos romanos de AMPULLA (Redoma), praticamente foi desenvolvida pelos povos do Oriente Médio.
Em um lugar aonde a água era escassa e a areia abundante, nada mais natural do que utilizá-la para a fabricação de um aparelho de medição das horas.
O seu princípio é bem simples e assemelha-se, em parte, com o princípio da Clepsidra, tendo como agente, ao invés de líquido, areia fina.
Basicamente, a Ampulheta constitui-se de duas ampolas cônicas de vidro, sobrepostas, em oposição uma da outra, com um orifício bem fino, ligando os seus vértices.
A parte superior, contém uma porção de areia que em função da lei da gravidade, escoa para baixo, paulatinamente, o seu conteúdo; quando todo o conteúdo da ampola superior passa para a de baixo, termina um ciclo, ou, um período de tempo.
Para continuar essa aferição, simplesmente vira-se ou inverte-se as ampolas, sendo a que estava em cima fica em baixo.
A Ampulheta restringia-se a determinar ciclos ou períodos de tempo, sem porém, marcar as horas o que, evidentemente, limitava a sua utilidade.




PELAS CHAMAS:As chamadas velas de cera, parafina ou sebo, além das funções místicas ou, simplesmente, para clarear os ambientes, serviam também, com adaptações, de marcadores do tempo.
Ao longo do corpo das vela, eram colocados marcadores, perfeitamente calibrados com a acção de queima, que determinavam o tempo decorrido, ou traços coloridos que iam sendo consumidos pela acção das chamas.
Evidentemente, esse processo só podia ser utilizado por castas abastadas, pois eram muito caros e, convenhamos, a sua precisão questionada, pois deveriam ser utilizadas em ambientes fechados, sem a correnteza de ar e outras intempéries que influenciavam na precisão.
Na Idade Média, utilizavam-se dessas velas especiais para marcar o período nocturno e pela prática, fixavam o consumo de três velas, num equivalente a uma noite, precisão evidentemente duvidosa.




Como já pudemos destacar, é fundamental para qualquer sistema de mensuração do tempo, com uma aceitável precisão, que o sincronismo de suas oscilações seja constantes.
Para o relógio eléctrico, também é fundamental esse conceito e, evidentemente, o seu mecanismo tem que estar adaptado para tal fim.
Na grande maioria dos países, optou-se pela produção e distribuição de corrente oscilante ou mais conhecida como alternada.
Na realidade, o que varia é a alternância dos ciclos, em uns, oscilando 50 vezes por minuto e em outros 60 vezes por minuto.
Todavia, seja qual for a frequência, o que vale para os relógios eléctricos é que a mesma fique perfeitamente invariável.
Como já devem ter deduzido, as alternâncias da corrente eléctrica, fazem às vezes dos pêndulos ou dos balancins.
O motor eléctrico ligado a rede, teoricamente, substitui a mola real; esse motor é de uma construção especial denominada de Síncrono. A característica principal desse motor é ter um eixo (rotor), sua parte móvel, girando ao redor do enrolamento, sincronizado na mesma frequência da corrente.
Em outras palavras, projectado para serem utilizado em países de freqüência de 60 Hertz, seu rotor deverá girar exactamente 60 vezes por segundo.
No eixo do motor síncrono, temos instalado o volante, com um parafuso denominado Sem Fim. Esse parafuso, tem a finalidade precípua de reduzir, no exemplo acima, as 60 rotações por segundo em um número compatível com a necessidade do mecanismo.
O ponteiro de segundos deverá dar uma volta em cada minuto, ou seja, uma volta para cada 3.600 voltas do eixo do motor (60 segundos X 60 Hertz).
Em síntese, girando o parafuso sem-fim 60 vezes por segundo, necessitará uma engrenagem com 60 dentes, a qual terá um giro de 1 vez por segundo. Por sua vez, a engrenagem de minutos girará 60 vezes mais lenta que a de segundos.
Daí para à frente é uma questão puramente mecânica, que fica no raciocínio dedutivo do internauta. Quanto a precisão, salientamos que esse tipo de relógio é totalmente dependente da capacidade geradora da usina, da rede, da própria instalação e fiação do local; enfim, por mais que se queira manter a invariabilidade através de eficientes estabilizadores, essa sempre se manifestará, por mais insignificante que seja.

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